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“Em cartaz: Como salvar um centenário!”


O jogo que vi no sábado (dia 18/09) entre Botafogo e Cruzeiro me deixou mais indignado e cada vez mais ciente de que o Campeonato Brasileiro não passa de um teatro com final já determinado. O time da mídia (já deixou de ser somente da Rede Globo) TEM que levar o título no ano de seu centenário. Por isso, tudo está sendo feito para desestruturar os times que lutam em pé de igualdade contra o Corinthians pelo Brasileirão 2010.
O que aconteceu no Engenhão foi um assalto a mão armada por um sujeito que já praticou outras vezes, gostou e voltou. Contra o Cruzeiro ele já tinha 'currículo'. Em 2005, num Corinthians e Cruzeiro, Heber Roberto Lopes deixou de dar um pênalti absurdo no Maurinho e teve a cara de pau de pedir desculpas para ele, no aeroporto. No mesmo jogo, ele deixou de dar um pênalti claro em cima do Kelly e inventou outro do Fábio no Tevez, para o time do Parque São Jorge. Resultado: Corinthians 4 a 3 e o título daquele ano.
Agora, em 2010, curiosamente, Heber, que tem vasto histórico de problemas com o Cruzeiro, é escalado para apitar o jogo contra o Palmeiras. Heber 'segurou' o time da Toca o tempo todo, com faltas inexistentes e invertidas. Como não bastasse, ele foi escalado para outro jogo importante, desta vez contra o Botafogo. O lance do gol anulado de Ernesto Farias foi muito curioso. Como é que um árbitro que está a metros do lance ignora o auxiliar, que tem melhor visão, e assume uma marcação de bola fora como aquela? Não tem como negar, Heber estava muito mal intencionado. O auge aconteceu no segundo tempo, depois da virada cruzeirense. Ele marca um pênalti em um lance fora da área, e na cara do bandeira!!
O Campeonato Brasileiro está sim com cara de teatro armado. Tudo feito para o Corinthians ser campeão. O texto abaixo eu escrevi há mais de uma semana e não retiro uma palavra sequer. Ele pode ficar até dezembro que vai continuar atual. Enquanto isso, Heber Roberto Lopes deve estar fazendo plantão no aeroporto pra pedir desculpas aos cruzeirenses.

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O ano era 2005. Corinthians e Internacional decidiam o título brasileiro num jogo disputadíssimo. Isso até um lance em que o colorado Tinga sofreu um pênalti claríssimo que o então árbitro, hoje comentarista de arbitragem, Márcio Rezende de Freitas não viu. Além disso, aplicou o segundo cartão amarelo no jogador, expulsando-o em seguida. Foi o último jogo apitado pelo árbitro que, curiosamente, virou comentarista de arbitragem no ano seguinte. Antes disso, Santos, Paysandu, o 'time da manteiga pra baixo' e o Cruzeiro haviam sido prejudicados pela arbitragem em jogos contra os paulistas. Resultado: Corinthians campeão Brasileiro daquele ano.
O que isso tem a ver com o Cruzeiro? Tudo! Tudo, porque este ano o time da Toca da Raposa, juntamente com Fluminense, Botafogo, Inter e Santos, é um dos candidatos ao título e o que estamos vendo por aí são atitudes estranhíssimas para salvar o centenário corintiano.
Ainda sem entrar no Brasileiro 2010, já podemos ver, com estranheza, a imprensa brasileira anunciando aos quatro cantos do mundo que a abertura da Copa será no estádio do Corinthians. Uai (assim, bem mineiro mesmo), mas que estádio? Aquele projeto para um estádio de 48 mil torcedores em Itaquera, bairro paulistano, que nem mesmo em São Paulo está sendo levado a sério? Uai, mas para abrir a Copa não é exigido um estádio com 65 mil lugares? Como dizia uma personagem antiga de novela: Mistéeeeerio!! Enquanto isso, a Toca III, carinhosamente apelidada de Mineirão, segue, mineiramente, com sua reforma.
Já 'dentro' do Brasileirão, a gente pode observar atitudes estranhas. No jogo Cruzeiro x Corinthians, no dia 25 de agosto, no Parque do Sabiá, foram nada menos que seis jogadores do time estrelado (Edcarlos, Everton, Caçapa, Gil, Henrique e Wellington Paulista) punidos com cartão amarelo pela arbitragem num jogo que em momento algum foi violento. Nos comentários do ex-árbitro José Roberto Wright, o time do Cruzeiro parecia jogar só na base da pancada e o homem do apito beneficiava descaradamente o time mineiro. No jogo, o que víamos era diferente... A imparcialidade do comentarista irritou até mesmo quem não é de Minas. Alguns comentários no twitter destacavam a torcida do comentarista pelo time paulista.
Outro fato, descarado, em favor do Corínthians foi o pênalti que o Ronaldo Fenômeno apitou contra o Atlético Paranaense. Uai, ele virou árbitro? Ainda não. Mas, no lance em que a bola bateu no pé do jogador paranaense e em seguida na mão, involuntariamente, bastou o 'Bola' levantar a mão para o apito ser acionado. O lance foi tão escabroso que o jornalista José Ilan ( @joseilan ) , em seu twitter, soltou o comentário: “Acabo de ver o “pênalti” para o #Corinthians. Nunca acredito em teorias da conspiração. Mas estou ficando sem argumentos.” Por azar do aniversariante do ano, o jogador do Atlético Paranaense cavou um pênalti que o juiz também engoliu.
Depois dessa rodada, o presidente corintiano, um sujeito chamado Andrés Sanches, que deve ter muito óleo de peroba no armário, teve a pachorra de ir à imprensa reclamar que a arbitragem não errava contra o Fluminense. Palavras ele: “Não acredito (em favorecimento). Mas, contra o Fluminense, nunca tem erro”. Ora, senhor presidente!!!! É pra errar contra o Fluminense também, né? Estão segurando os outros times mas estão esquecendo do tricolor carioca, né? Diante do que a gente tem visto, o 'grito' de Sanches soou como algo tipo: “Vocês não estão fazendo o combinado! Estão deixando o Fluminense se distanciar de nós. Está na hora de parar esses cariocas”. Num é?
Voltando ao Cruzeiro, vamos ao jogo contra o Avaí, no último dia 12 de setembro, pela 21ª rodada. Ganhamos de 2 a 1 mas foi um jogo complicado. O árbitro goiano André Luiz de Freitas Castro amarelou 6 jogadores do Cruzeiro (Diego Renan, Fábio, Jonathan, Roger, Farias e Marquinhos Paraná, que foi expulso por receber o segundo cartão). Somente Patric e Leandro Bonfim foram amarelados do lado do Avaí. A coisa foi tão esquisita que num dos primeiros lances do jogo, Diego Renan chegou ao ataque e sofreu obstrução próxima à risca da grande área. O homem do apito marcou simulação e, sem pensar duas vezes, amarelou o lateral. Ainda que não tivesse sido falta, aquele lance não foi simulação nem aqui e nem em Vespasiano!
O jogo seguiu amarrado, mas ficou nítido que o trio de arbitragem estava disposto a conter o time do Cruzeiro com o cartão amarelo. Thiago Ribeiro levou um tapa na cara bem na frente do bandeirinha. O jogador do Avaí sequer foi advertido. Assim como aconteceu contra o Vitória, no Ipatingão, a função da arbitragem parecia ser irritar o time do Cruzeiro, distribuindo cartões para complicar os jogadores na partida e, se possível, tirá-los da próxima. Sem contar no comentário do 'nosso' comentarista de arbitragem Márcio Rezende de Freitas, dizendo que o Fábio era para levar cartão quando fez cera, ao solicitar atendimento porque tinha sofrido uma luxação no dedo mindinho da mão esquerda. Taí a cera, senhor Márcio!
Se é para ficar com essa palhaçada toda, minando os times para que o centenário do time paulista seja salvo, porque não encerrar o calendário e entregar logo a taça para os 'gambás'? Fazer os times gastarem com viagens, os torcedores gastarem com ingressos, camisas, PPV etc, sabendo que já tem um campeão definido pra quê? Fecha o botequim e entrega logo a taça. Mas, façam isso já, porque de ponto em ponto o Cruzeiro vai chegando, lutando contra árbitros, times, torcidas. E se chegar, meu jovem... Me aguarde!!!!


Fábio F. Monteiro, 37 anos, jornalista, valadarense, cruzeirense, fã de Barão Vermelho, Cascadura, Vega, Ultraje a Rigor e tudo quanto é rock brasileiro de boa qualidade que tiver por aí.



Brasileirão 2010 - Série A

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