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Enquanto pôde, a Desculpa assumiu uma Culpa que não era dela.

Temos que trabalhar e isentar o Clube Atlético Mineiro de tudo, porque ele não tem culpa de nada. A culpa maior é minha, porque sou o técnico, e também dos jogadores. Nós somos os responsáveis. O clube hoje oferece toda a condição para o profissional poder trabalhar e é o que nós estamos fazendo. Não temos nenhum tipo de problema (relacionado ao clube), a não ser o de ordem técnica.” Declaração de Vanderlei Luxemburgo após a partida contra o Palmeiras, no domingo passado 28.08.10 em Ipatinga.

"Em um momento de dificuldades não adianta direcionar as coisas. Todos têm de assumir a responsabilidade, nós colocamos o Atlético nesta situação", afirmou Ricardinho, que pediu mais trabalho para recuperar a equipe. "Temos de trabalhar para reverter isso, não temos mais desculpas para dar".


Encerra-se o repertório de desculpas, e passa-se a direcionar a culpa.

Desculpa: Ação de desculpar ou de se desculpar. Razão ou motivo para atenuar ou eximir da culpa; justificativa. Escusa; pretexto. Indulgência, perdão.

Culpa: Ato ou omissão repreensível ou criminosa; falta voluntária, delito, crime. Responsabilidade por semelhante ato.

Em ordem contrária, Vanderlei Luxemburgo declara ser culpado junto aos jogadores por essa fase lamentável que vive o nosso time do coração. Defino como ordem contrária, pois viemos escutando “desculpas” esfarrapadas ou fundamentadas desde o início do Campeonato Brasileiro sem que seja em hora alguma, indicado um responsável que assumisse a culpa e assim ressarcisse o Clube Atlético Mineiro pelos péssimos resultados. Por que no Campeonato Mineiro a defesa, por exemplo, (hoje considerada a mais vazada) já mostrava a necessidade de melhora no elenco e estratégia. Mas o troféu de Campeão Estadual 2010 parece ter mascarado muita coisa no time do Galo, inclusive bons jogadores.

Enquanto pôde, a Desculpa assumiu uma Culpa que não era dela.

A desculpa inicial foi o entrosamento insuficiente em uma equipe nova sendo testada em pleno Campeonato Brasileiro. O que não deveria ser feito nunca, ainda mais depois de uma pausa durante a Copa do Mundo. O que foi produzido nesse intervalo? O entrosamento com a capital mineira?

Escutamos também após recorrentes derrotas que a arbitragem foi um adversário a mais em campo. Mas sobre-salto que o time deveria estar preparado para superar adversidades tão comuns aos outros times. Se o pênalti foi marcado injustamente, por que um goleiro que treina a semana inteira só pra defender um gol, não consegue fazer uma mísera defesa? Defesa obrigatória na minha concepção e na maioria dos torcedores, pois temos ciência e Vanderlei Luxemburgo confirma que “o clube hoje oferece toda a condição para o profissional poder trabalhar” agora diante dos resultados, difícil enxergar que existe ali um trabalho sério, aliás trabalho algum que seja.

Reforma do Mineirão. “É o maior problema que o futebol mineiro está enfrentando. Nunca jogamos em casa.” Vanderlei Luxemburgo em entrevista para o Globo Esporte. Nem o Atlético nem o Rival. Estamos todos jogando fora do Mineirão, e ainda sim a torcida comparece. Contra o Rival Celeste, o mando de campo na Arena do Jacaré, foi do Galo. E aí? A torcida estava presente em Sete Lagoas assim como estaria se o jogo fosse em BH. Temos idéia que a proporção é menor, mas não tinha um torcedor do Cruzeiro sequer na Arena aquele dia, e o “time de fora” levou a melhor mais uma vez...

Diante dessa saraivada de desculpas para as desastrosas partidas, Luxemburgo assume a culpa junto aos jogadores pela situação crítica em que colocaram o Clube Atlético Mineiro. Parece ser um primeiro passo à recuperação, mas pode ser também a continuação dos largos passos em direção à temerosa segunda divisão. Mais uma vez quem define o destino do Galo não é o entrosamento falho, ou a arbitragem injusta e muito menos a reforma do Mineirão. Enfim foi dado nome aos bois e esses mesmos que o afundaram em lástimas, que tenham a hombridade de recuperar a integridade do Clube Atlético Mineiro que foi lesada por profissionais que não entenderam o significado dessa instituição para nós atleticanos.

Sugiro que antes de saírem de casa em direção ao CT do Galo para os treinamentos diários, leiam com atenção, a mesma atenção que destinaram ao assinar o contrato com o Galo, leiam o nosso hino. Para que vocês possam identificar a empresa a qual vocês prestam serviço. E assim serem justos aos salários e à torcida que mesmo suportando toda essa crise, não merece nenhum dia de sua vida presenciar o futebol preguiçoso que tem visto nessa temporada.

Futebol é a nossa Cultura, o Galo a minha paixão!


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