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"Eu quero ver gol..."

"... não precisa ser de placa, eu quero ver gol."


É inspirada por esse trecho da música de Falcão e cia limitada que início o post de hoje falando do mais importante e básico fundamento do futebol: o chute. Mais especificamente, o chute a gol. Isso mesmo, amigos. Este fundamento que, de tão elementar, parece ter sido deixado de lado nos treinamentos lá na Toca. Afinal de contas, bola na rede é o objetivo maior do futebol, não é? Ou as coisas mudaram e ninguém me avisou? Alguém precisa correr lá nos treinamentos e explicar para os nossos guerreiros a “técnica do chute”, falar do equilíbrio, posição dos pés, força imprimida, cabeceio (chute de cabeça), semivoleio, voleio, chute alto, rateiro etc etc e etc.

Ok, ok.. Sei que forcei a barra agora. Mas é que têm sido tão surreais as oportunidades perdidas de gols que não sei mais ao que me apegar. É isso, ou vou apelar para “pães com manteiga”. O que vocês preferem?

Nos últimos 5 jogos, marcamos apenas 4 gols! É muito pouco para quem quer chegar - e permanecer - nas primeiras posições da tabela e tentar, pelo menos, disputar a pré-Libertadores. Uma olhadinha rápida para o topo dessa mesma tabela e veremos o líder da competição balançando as redes adversárias 12 vezes nas mesmas 5 rodadas. Já estamos “carecas” de saber que saldo de gols é critério de desempate e, inclusive, é o que nos coloca na sexta posição neste momento. Já que temos o mesmo número de pontos que o 7° colocado, o todo “poderoso” Ceará. Então, é chover no molhado falar da importância de não se perder "gols feitos", como nossos homens de área têm teimado em fazer nas últimas partidas. Eu me lembro bem do campeonato do ano passado onde, ainda na última rodada, 4 times (Flamengo, Internacional, São Paulo e Palmeiras) tinham chances de se sagrarem campeões, contando com uma combinação de resultados e o bendito saldo de gols.

Goleada é bom e todo mundo gosta. Mas a questão central aqui não é essa. E sim, a necessidade de se cometer menos “sacrilégios” – como aquele gol perdido pelo Wellingol, no cruzamento de Robert, contra o Corinthians. Acho que não é pedir demais não perder tantas oportunidades de matar logo o jogo, em vez de matar a China Azul do coração - como quase aconteceu com esta que vos escreve, no jogo contra o Alvinegro Paulista. O Cruzeiro tem apresentado um bom volume de jogo – excelente na partida contra o Vasco – os jogadores têm tido a tão pedida raça, estão gastando sem dó o fôlego (Montillo que o diga), a defesa tem mostrado serviço, a criação vem funcionando e as bolas têm chegado. Então, por que temos pecado tanto nas finalizações? Temos aumentado, consideravelmente, a eficiência nos jogos. Mas e aí? E a eficácia, Cruzeiro? A bola na rede, cadê? Será falta de capricho, como disse Fabrício? E olha que esse tem propriedade, hein? Só ele desperdiçou CINCO finalizações na partida contra o Vasco. Ou seria, segundo Cuca, culpa da falta de inspiração?

Quando necessário, eu jogo no time daqueles que acreditam que se meio gol garantir 3 pontinhos, tá valendo. Mas isso é pensamento para quem está com elenco limitado e no sufoco. O que não é, nem de longe, a realidade do Cruzeiro. No último jogo vimos mais um placar magro e 2 pontinhos preciosos perdidos. E não me venham com o tal blá blá blá de jogo fora de casa, de Vasco ser uma boa equipe e etc. A vitória era nossa e deixamos escapar.

É óbvio que os pontos, ao fim de cada partida, são sempre o objetivo maior em um campeonato de pontos corridos. Com placar magro ou goleando, engordar o número de pontos é o que importa. Mas eu não quero “apenas” a classificação para a Libertadores. Isso não dá nenhuma taça, ou dá? Acho que todo Cruzeirense já está farto de chegar, chegar e não levar. Eu não quero colocar a carroça na frente dos bois ao falar de Libertadores, cada coisa a seu tempo, eu sei. E ainda temos 55% do campeonato pela frente e muita coisa pode e vai acontecer. Mas eu sou beeeem pé no chão e o Fluminense já tem uma boa vantagem e, apesar de não ter nada de muito espetacular, está muito “certinho”, regular. Dificilmente as coisas vão desandar por lá (vou adorar queimar a língua/dedos). E é agora, no Campeonato Brasileiro, a hora de acertar o pé, a cabeça, a barriga, o ombro, o joelho, a canela e botar a bola pra dentro rede. E, então, chegar "ensaiadinho" na maior competição das Américas.

Pretendo sempre, ao final de cada post, passar a bola para vocês aí nos comentários com algum questionamento. Então, aí vai: Vocês acham que Wellingol e Thiago Ribeiro – o artilheiro das Américas - têm sido "sacrificados" pelo esquema de Cuca? Esquema esse que está, ao meu ver, em ‘função’ de Montillo? Vide WP, que tem voltado pra ajudar na marcação e deixar nosso Pirata Azul livre. (Lembram do T.R contra o São Paulo? Achei que tivesse virado Zagueiro)


Saudações Celestes!

* Gostaria de avisar que esta colunista está de férias e que, graças ao sol na moleira, o texto pode ter ficado um pouco “prejudicado”. Conto com a compreensão de vocês.


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